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Lucro Presumido ou Lucro Real?

  • Rafael Araujo
  • 28 de jan. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de ago. de 2023


Quando o assunto é escolher entre o regime tributário de Lucro Real ou Lucro Presumido a maioria dos contribuintes pensa primeiro no aspecto financeiro. Qual regime irá gerar a menor carga tributária? Claro que, em tempos de crise, o aspecto financeiro tem maior apelo.


Porém, existem muitas outras considerações e análises que precisam ser feitas antes de se escolher entre um e outro, e nem sempre elas estão ligadas diretamente à forma de apuração dos tributos.


Mas, antes de entramos no assunto propriamente dito deste artigo, vamos lembrar como cada uma das formas de tributação é realizada.


Basicamente, o Lucro Presumido tem sua base de cálculo definida, principalmente, a partir da aplicação de percentuais de presunção estabelecidos pela legislação sobre as RECEITA BRUTA, e sobre o resultado são aplicadas as alíquotas correspondentes.


Já o Lucro Real tem sua base de cálculo formada a partir do RESULTADO CONTÁBIL, devidamente ajustado de acordo com a legislação, e sobre esse resultado ajustado são aplicadas as alíquotas correspondentes.


Em suma, a diferença básica entre um e outro é que no Lucro Presumido o foco de tributação é a receita enquanto que no Lucro Real é o resultado.


Vamos agora analisar alguns outros pontos a serem considerados antes da adoção de um ou outro.


Se, após os cálculos, você verificou que o Lucro Real irá gerar menor carga tributária, antes de adotá-lo pense também no seguinte:


  • Sua empresa possui controles eficientes?

  • Todas as notas fiscais são devidamente registradas?

  • Todos os documentos estão sempre em ordem, organizados e com acesso fácil?

  • Sua empresa possui controle de patrimônio preciso? Todos os bens estão inventariados?

  • Você entende e aplica na sua empresa os conceitos de regime de caixa ou competência?

  • As finanças da empresa estão devidamente separadas das dos sócios?

  • Sua empresa possui sistema de gestão integrado?

  • Seu estoque é bem controlado?

  • O prazo médio do seu contas a receber é curto ou longo?

  • A inadimplência é baixa ou alta?

  • Possui muitos bens adquiridos por meio de financiamento de longo prazo? Em caso afirmativo, os contratos são controlados, com levantamento dos encargos incorridos a cada mês?


Os itens acima não esgotam todas as hipóteses, mas podem influenciar diretamente na sua opção pelo Lucro Real. Há casos em que somente um valor menor de imposto não é suficiente. Neste post apresentamos algumas dicas para optar pelo Lucro Real.


Por exemplo, se sua empresa possui um fluxo de caixa longo, com recebimentos fora dos prazos normais ou atrasos constantes, o Lucro Real pode reduzir sua carga tributária mas não ajudará no

fluxo de caixa como outros regimes tributários.


Explico: Os tributos no Lucro Real são por competência, ou seja, o que ocorre em Janeiro é tributado em Janeiro e recolhido em Fevereiro, independente do recebimento da receita. O Lucro Presumido, por exemplo, permite a opção pelo regime de caixa, onde o pagamento do imposto é realizado após o seu recebimento.


Este é apenas um exemplo. Não significa que um é melhor do que o outro mas sim que, em determinadas situações, pode ser mais vantajoso não levar em conta apenas o aspecto financeiro nas simulações.


É preciso avaliar caso a caso e optar pelo que irá trazer mais benefícios para a empresa, sem considerar apenas a redução tributária.


Até a próxima !!


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